passa

varre varre
varro praça
passo e passa
eles que passa pra
que já é hora de casa
todos já sente o sol ardente
que sai de lá e arre arre arreia viu enreda
tem caminho da roça e te salta trela sela trilha no teu
que cabô o que tinha e falam que ontem já foi hoje no que disse me acabo que dou cabo mesmo
que manca a capim crespo manquei mesmo e ninguém se cansa e o estudante dança constância de rir e não tem barulho
e não tem barulho mais lindo mas no que dá o tempo e o tempo passa que passa e a barriga caça nossa casa com as comida toda pra fazer
e sai sol livre aí dano os rolé e saem eles no que acaba a noite do Jardim ontem eu e eles e o Chileno sozinho falano e o Chileno deitado agora atrás do coreto dormino
roncano sobre calçadas roxas ele disse golpe e luta de sangue disse que foi uma guerra mas não falasse espanhol tinha sido a Samarco e a Vale igual os daqui e assim foi a noite
que sujou sua terra e que suja o chão da calçada nisso que eu também ino atrás das folha as latinha e copo e garrafa e camisinha e pino e então varre varre e tô varreno e varreno esses dia tudo por um tempo que não passa não passa não passa não passa demais e graças a Deus que posso com
no nome Dele peço que cada um que tenha que eu mesma tenho de-tê já que numa noite dessa que passou precisei dos trocado das compra mas também fiquei no murinho aqui com todo mundo bebeno e proseano que é o ditado de que diz até que o Salsicha veio fazeno na boca e na palma no peito a batida duma das mais antigas
do Racionais que tinha o que tirá da língua o que botá no bucho e me dá um trago e desse os copo e peço até torresmo e danço que o sambinha que é bom e é o que tinha pro dia mas tem amá que é melhor ainda e é o que não teve hoje e faz tanto que não tem que eu nem espero mais que faz tanto que nem lembro como tê agora porque tem faz-tanto que não tenho que já ouvi até falá que é por isso que eu bebo só que
o que tem é que a gente precisa que nossa e eu penso eu mais eu comigo meu Senhor faz falta viu se-faz que quem falou foi mia vizinha e é isso que dá essa tristeza que a gente afoga no copo e é mãe largada da moleza que me perde a cor e nem acaba nunca e do vazio sem fundo onde só cabe azia e de lembrá com culpa que não quero chegá em casa e ver o que é e ah que é lá que é triste mesmo porque é lá que nada pode ficá em falta e não tem troco que resolve e é só tiriça só que não posso só que não de verdade eu amo eu amo muito mas é difícil e só quem sabe sente
que de vez em quando é que a gente merece distração das coisa que tem coisa que eu mais nem bicho passava mas passa calado e a gente tudo mais o povo da coleta e também o povo que não tem isso nem nada e por isso deita aqui onde eu passo as noite e manhã tudo que eu passo e toda vez que acaba a dor que acaba também pra eu precisá de novo e Deus me perdoa que meu único alívio é lembrá que eu tenho casa mas eu olho e sinto mal dum mal que só melhora de andá tanto à toa veno coisa e dá de língua com os gringo estranjo anoite que chega que fica pitanga de pouca cana e é só meu sim meu sim meu sim tudo domina tudo e eu penso que nem seu não seu não seu não eu não e digo e os estudante ri e rediz obrigado obrigado obrigado foi o que eles disse que ele diz o francês bem educado perguntano coisa mesmo que errado e que ri também e é que somem também depois mesmo os brasileiro quando eu volto de roupa de varrer e eu que já sei da vida sei de não cumprimentá de dia que eles não vê quando não vê é que anda ouvino música só que quando vê não cumprimenta de volta
os estudante jogano coisa no chão e chingano e dano dinheiro perguntano se é pra droga te olhano torto de tudo que é jeito e é eles que tão drogado que é tudo boiola maconheiro desgraça fiodaputa e biscate desculpa as palavra que te sorri na sua frente e faz tudo bonito pra ver vai e tira até do maço e corta cerveja do próprio copo num copo jogado quase metade sem espuma só que pra que cê saia é pra que cê passa que eles dá é pra mandá embora que quando cê conversa eles ri quando cê conversa eles com aquela cara de passa passa passa igual pra cachorro que só que só os cachorro pode ficá por perto depois que eles te dão o que cê pede e é que só os cachorro que pode ficá pedino com olho que se a gente não falá nada eles também não fala e os cachorro latino pra passante e o céu de preto pra azul e o sol que vem bem detrás partino do Seminário pro Rosário deitá pra lá atrás do morro atrás de tudo onde que filmam os filme e que novelam as novela e o mundo é grande e bom e caro demais e que também te olha torto e por isso eu aqui senão eu nunca mais aqui que eu no culto orano pruma semana a menos pra toda semana que eu tô varreno pra que a morte me vem encontrá no meio do que sobra que até lá as criança já grande e eu não vô tê do que cuidá não vou tê raiva pra passá não vou tê que ficá descalça dum chinelo mas não eu não sei eu tenho medo que na calçada eu sonho em sair mas não saino peço perdão pra lá onde tem o dançar bonito o cavaleiro preto-e-branco das damas de tevê e beijá como em filme americano que é tão bom que chega a dá vontade que chega a vir o choro e eu chòro em vez mas tem que escondê que já passa quem conheço que já passa na rua bo’ra Cida bo’ra Benta é só varrê varre varre varre varreno o dia que o tempo passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa passa pra ir noite pra casa
2017 agosto