frutiger aero

 


Параболоидами называются поверхности, которые в некоторой системе декартовых прямоугольных координат определяются уравнениями x²/p+y²/q=2z (4), x²/p-y²/q=2z (5) где p и q ─ положительные числа, называемые параметрами параболоида. Параболоид, определяемый уравнением (4), называется эллиптическим [...]; параболоид, определяемый уравнением (5), ─ гиперболическим [...]. В случае, когда p = q, параболоид, определяемый уравнением (4), является поверхностью вращения (вокруг Oz).

Д. В. Клетеник


Digital,

no escritório, girando a cadeira, olhando pra tela, olhando pro teto, olhando pra onde a tinta do forro por se descascar revela por baixo, por cima dela, as placas OSB ou MDF, nunca soube, no farelento duma quase-madeira se desfazendo. Ele repara sem se envolver com isso e lembra do que a sua secretária disse e o que ela disse foi exatamente isso, pra trocar, que era hora,

─ por Deus, João, cê tem que mandar a OS pra manutenção, agendar com eles, vindo eles concertam.

Quando ele pensou em chamar, tarde, não vinham. Olha de novo pra tela, pro PC, essa carroça, num Win 11 profissional ou executivo, ou que seja, com uma UI aero customizada, se fazendo por Vista, porque por que não, e wallpapers da Asadal trocando automático com o tempo, o máximo deles que ele pôde comprar, mintados pelo vaporwave da coisa, ainda com o placeholder: 'Digital, Dream, Utopia!' Ainda mais porque o site, a intranet e o aplicativo da empresa com uma interface parecida, um visual, curvas de equação cúbica, grama, prédios brancos, reflexos vítreos, céus de nuvens distintas, árvores, quando não o tridimensional azulado de números e gráficos, hennas simples vetorizadas, degradês, cores terciárias, transparências coloridas e fitas de nada senão luz. As ruínas-de-castelo duma companhia que vinha morrendo há anos, e só agora ele percebeu essa pista,

─ o detalhado do Q3'22 chegou agora no institucional, cê não vai dar uma olhada?

Nenhum tempo é tempo demais, ele disse, eles vão querer milagres. Sendo assim tudo encaixa, tudo tão óbvio que a frustração é inevitável, tudo tão ao mesmo tempo, o enamoramento foi o fim de tudo. Não existe isso de identidade visual, embora tudo no escritório dele diga o contrário: a escrivaninha levemente arredondada nas bordas, os slides das análises de mercado só nos templates inclusos no PowerPoint 2010 ou tão indistinguíveis deles que, no fim, o mesmo. O monitor Samsung com o pescoço hiperbolóide sobre um círculo de plástico leitoso uniformemente despejado, todo o comprimento da divisória sendo de vidro jateado, o ressurgimento, como se fosse pra sempre, como se um floreio modernista, de woodgrain e aço escovado nos stationeries, o cartão de visita em Consolas com a marca d'água em vinil,

─ vai ser esse então o seu resgate estético?

Tudo o mais ao redor dele, rodando na cadeira, numa cadeira em que rodar também começa a parecer uma escolha datada,

─ tá, não tá mais aqui quem falou.

Quando os sinais tão óbvios, como as manchas no teto, como as manchas alaranjadas de sangue nos seus lenços de catarro em formas não dessemelhantes às do teto mesmo, em cores não tão afastadas quando vistas ao pôr-do-sol vazio dos meses de quarentena: ele sabia. E formigas, na época, quando nunca antes formigas, o fim do veneno em pózinho em potes próprios nas gavetas, a displicência dos outros funcionários, o fim da fumigação a tempo, decorrência dos crunches apertados, das leis trabalhistas emergenciais derrubando a economia, ao que se dizia, os ninhos delas com certeza nas dezenas de vasos de zamioculcas ou rentes à parede do pátio principal onde foi a brilhante ideia de alguém, não do João, de colocar grama artificial como papel de parede,

─ viram na Decathlon, parece trazer uma identidade mais 'motora', uma coisa mais esporte-fino, porém 'dinâmica' também, e 'jovem'.

Como se as palavras fossem só o contorno delas mesmas. Então, quando em voga, uma parede dum verde vertical, e um estagiário qualquer falando alguma coisa sobre Mario Golf, menos coisa ainda sobre dissipação de calor, mas calor nenhum, na época, e agora só as linhas marrom-amareladas da cola que grudava tudo aquilo, qualquer coisa de um Bradley Walker Tomlin barato, o fim do inverno e as réstias de sol segurando as persianas abertas pra que uma inspiração qualquer ilumine toda essa improdutividade, todos os cubículos desmontados, todas as amenidades como fliperamas sem som e sofás, e as malditas das formigas ainda, por algum motivo, no eclodir descontrolado duma abundância de desperdício,

─ mas não parece, olhando de-assim?

O estagiário, e a tentativa, que João conhecia bem, de ser levado à sério por meio dum meio-humor,

─ alguém podia trazer aquele buraco lá na divisória das privadas do masculino pr'a gente jogar um golfinho, ein, João?

Cortassem o AC ele tava fora, o João, ele tava off, sacrifícios sim, mas todo sacrifício ao seu preço, à casa do caralho com o aviso prévio, à casa do ca-ra-lho com essa do capitão ser o último. Ameaçaram cortar, vieram tirando. Ele teve que brigar, não brigar, mas se colocar numa certa postura. Até fechar tudo, até virem os próximos passos do inquérito a encher de fitas os batentes, até o definitivo fim,

─ vai pra porra, Caio.

Impossível conceber que uma Top of Mind tava lidando com problemas pra pagar as luzes, mas era isso, talvez várias, quando isso? Dezessete, dezoito? Agora que ele despertou pra essa percepção. Hindsight é coisa dos anos que passaram. Aí reforma, M&A, reestruturação, dissolução de assets, cabos sumindo, canecas quebradas, cadê os sacos de café, depois a máquina, depois os copos, a promessa vaga porém persuasiva de que o futuro era minimalista encontrando agora sua realização prematura no esvaziado dos corredores. A promessa de que esqueumorfismo já era bagulho de velho e que o quente tava tão sem lastro que até mesmo o dinheiro não mais era dinheiro, nem em simulacro, o dinheiro também qualquer coisa vetorizável, e o que isso significava pros negócios era simples, era aproveitar, 

─ a gente tá ficando pra trás, João, essas paradinhas de IQ Option e low-risk ou high-risk tão viciadas, molecada tá disputando migalhas, nosso portfólio tem que se diversificar pra além dos limites que a gente veio estabelecendo desde, sei-lá, desde aquela sala pequena no edifício Velma, lembra?

Ele lembrava do começo e, embora lembrasse, ele ali, pra trás, como se esperando. O escritório dele como um argumento contra criptomoedas assim como uma silhueta de giz no chão é um argumento pra não sair na rua. Tudo como sinais que ele mesmo ignorou, engolido por tudo isso, e junto a isso ele sendo digerido,

─ até saiu numa reportagem, Inteligência Artificial, se a gente aproveitar esse sinal a gente vai poder recolher, mesmo do passivo, resultados suficientes pra renovação da nossa imagem e realizar pesquisas pra estimular a lembrança da nossa marca, agregando tico-tico de valor, que é um serviço ou uma área em que a gente vem tendo defasagem há muito tempo, espeto-de-pau, e eu não quero deixar seu setor pra trás, vamo, meu nêgo, vamo de branding, o crypto já tá dando certo, o negócio de vencer é sempre vencer um pouco mais.

E a vontade de rasgar garganta adentro e pegar entre os dedos esse incômodo que a comida não desce, que a água não desce, que o café não desce, que xarope não desce, que nem coca-cola, que é pra isso, sempre foi, faz descer. Essas gripes. Quase uns dois anos essas gripes. Amanda falava que infecções pulmonares eram sintomas do ocidente porque a alma é a respiração, aquelas coisas que ela falava. E não é como se uma coisa sequer que a Amanda tenha abandonado com o João, esquecido de colocar nas malas, faltou com ele em justeza postergada. Amanda também falou que era furada todo esse lance, que era bolha, que ia caldar, ele não acreditou. Não quis, não podia até,

─ agora que eles ganharam grana e não vão parar por nada, sou eu que vou avisar os caras? 

Ele pensa qualquer coisa sobre surfistas, ou sofistas, o que couber. E ele ainda esperando Amanda ali, mas Amanda há muitos anos, já. Quase uns dois anos Amanda há-muito. Esperando que ela aparecesse como que por mágica, no centro exato daquele cômodo. Roupas largas. Vibe de professora de artes. O yang das analogias ruins dele,

─ cê tem qualquer coisa de filósofo, João, o negócio é destravar isso de de-dentro d'ocê.

Sentado, esperando. Como se a coisa, a coisa sendo o encaixotamento do mundo, se desse com os terceirizados a reorganizar o ambiente com ele lá dentro ainda, como as formigas tão fazendo,

─ é deitar que levam.

O mundo nem existe mais pra ele, é tudo limbo, é tudo números que se perdem. Henrique, o patrão, CEO recém-destituído, a zero contatos a não ser 'continua aí'. Que ele pudesse ir pra casa invés, mas não podia. O CEO, caçado, em, mesmo ausente,

─ continua aí, João.

Quantos outros também como ele, uns três, talvez, quatro, no edifício inteiro, só chefes de departamento e diretores de qualquer coisa. Cresceram rápido depois de anos de estagnação, caíram conforme. Onde é que… Olhando pro teto ele lembra. E aí o que? Quando nem um mês atrás, nem quinze dias,

─ dizem que é sobre isso esse domingo no Fantástico, pegaram, a onda vai engolir todo mundo.

Com isso a parede do videogame não mais, desde a semana passada, as zamioculcas que nunca não verdes não mais, desde terça, as OSs pra pedir qualquer coisa da manutenção em regime de freela, primeiro por questões de verba, depois por questões morais, quase frescura, de precarizar a vida dos empregos menores, não mais, só o jateado com a logo em rapport no longo padrão da porta de vidro, que em essência não mais porque logo a logo não mais, talvez, e talvez também a porta não mais, amanhã, e amanhã talvez nem mesmo a mesa, ou o monitor, ou a intranet, ou o carpete e o forro numa infiltração sem mofo. Com sorte amanhã ele também não mais, pelo menos isso. Henrique em 'não posso, tão atrás'. Porque a empresa já não era há tempos, sem que eles soubessem, e o que veio a ser disso pra ele, o João, que viveu dela tanto tempo, nem tanto do dinheiro, dela enquanto coisa, ele não sabe,

─ os investidores panicaram, João, só vim te dar o adiantado, tá num corre-corre judicial, põe no bolso o que vai te fazer falta, escuta o que eu tô te falando.

E as formigas, que se amigaram o suficiente pra subir na mesa pra procurar farelos, mas nem farelos, também não vão ser mais quando limparem isso tudo pra quem sabe uma startup. Igual aquele ditado. João pede um café no aplicativo, escreve pra subir, não tem mais nada pra impedir que alguém suba, sabendo que pode. Henrique deu de evadir, no primeiro avião, e João aqui fica lembrando,

─ cê é uma figura com esse domain live.com, uma figura.

Surgem as bolhas transparentes de protetor de tela, que apesar das cores mais saturadas e uma diferença no esmaltado do brilho, as mesmas, as mesmas desde que ele lembra, as mesmas desde a época e por isso elas ali. Se debatendo lá dentro. Depois que saem uma de dentro da outra do canto inferior esquerdo, elas nunca mais se sobrepõem. Cada bolha no seu próprio espaço. Coisa linda. Lembranças disformes e quase indecifráveis sobre o período em que ele foi estudar no Canadá, muitos anos atrás, e esse tipo de beleza era tudo o que se tinha. Antes do Google, do Facebook ou do Spotify suplantando a pujança do otimismo humano pelo flat do corporate memphis, ou seja lá que linguagem se use agora, se é que é linguagem,

─ fosse eu nessa sala com carpete, era todo dia eu querendo dormir.

Não é como se não sugerisse sono. Aí ele pega e sonha.


Dream,

se-diz-que no XIX acharam, não se sabe como, ou onde, uma estátua inédita do XVI. Pedra, arte de verdade, homem sobre matéria, prolificidade pujante, manufatura de suor, o exaspero em cinzeladas, com quantos poucos anos seu polímata a fez. Diz-que temos dela suas documentadas imagens desde a primeira pólvora-e-cortinas, de antes as gravuras à ponta de prata e os clichês delas feitos pro difundido deleite da prensa, sua tridimensionalidade experienciada pra sempre nas primeiras fitas, conservadas não sem perda desde o início da era do cinema, filmes tais-como em listagem numerada e regressiva no tal site,

─ tá tudo bem, eu gosto assim, na verdade eu nem ligo pro teto.

A picharam, depois, pois exposta na cidade sitiada quando em festa, quando a economia finalmente também tridimensionalizada, picharam, e pro extremo espanto analretenso das colunas de mármore e de jornal, eram os anos oitenta, afinal, ninguém fez nada, nada se soube, ficou por isso mesmo. A história cobrará. Hemerotecas sem-fim podem corroborar com o que foi ulteriormente colocado nos artigos como 'um vandalismo incomparável', poucas vezes antes disso uma expressão tomou tamanha repercussão pós-sincera, e os leitores a arfar, 

─ Amanda, a gente tá quase no fim do século, se ninguém fizer nada a gente não vai conseguir conviver.

Pra logo após ser comparado, tal vandalismo, não sem grandes-demais passadas nas analogias e termos, aos templos e monastérios 'barbarizados' [não se sabe de quem, as aspas] no norte da Europa, no período das grandes remadas, e frades de olhares tão ou mais sequiosos que os leste-europeus não padres, mas assim vestidos, na indústria fonográfica do prazer visível; com os mesmos qualitativos sublimados e prontamente penetrativos que se usam, mesmo ainda, neste dia, como se fosse impossível saber melhor, pra descrever os saques de Roma em toda sua alva e virginal e não de toda irônica riqueza aglutinada,

─ defender é fácil, quero ver levar pra casa.

Incontáveis pois inúmeras PFPs com JPGs de templários [não sendo vândalos, esses, nem netos, embora as netas talvez] e, não senão por irmandade de classe, outras estátuas da mesma época [ou dantes, não senão depois de lavadas], nas sessões de comentários, nos abertos-ao-público jornalísticos da virada do milênio, coisa que não se recupera jamais, e é lost media, já que não se tem em lugar algum da UOL ou do formacional G1 snaps tão baixo scrollados pra serem salvos no Wayback Machine, há um limite ao mal que desejamos pros outros, é o que se-diz. Todos vilipendiando tais atos vituperiosos e de esquecimento criminoso, não obstante esqueçam, não sem certa dulceça, não se descartando dolo por trás do culpor, toda a história dos açucareiros. Ele que tinha menos que o que a ver com isso nem queria saber, o João. Menos que noticiou o acontecido trombando com ele numa das abas que nem viu que abria,

─ Amanda, o nome.

Como consequência de tão batológica peleja, anos e anos de mais comentários, todas as novas gerações de similitude humana em tridimensional figura marcada teriam em si esculpidos direitos, mais até que seus verdadeiros-platônicos, vindo a valer no peso da lei a destituição de sua semelhança e representação por qualquer desventurado sujeito que a ouse tombar e assim resgatar do olhar público a verossimilitude empraçada de conhecidos genocidas,

─ é, o que virou dela?

Amanda em 2013 usando máscaras como se prevendo a pandemia, nas ruas, multidões, muvucas, paradoxalmente como se não prevesse,

─ pr'ocê é fácil esperar que passem por cima.

Como resultado segundo, não o mais desimportante, embora de relação baça, desses infindos debates, quase fulgurosos e fugidios, tags e lambes foram fagocitados pro prenhe da arte de prestígio e o Banksy, que é Tinta Fosca Rende Mais Proteção Total Sol & Chuva Exteriores Branca 18L 20%OFF pra quem nunca pintou por fora dos prédios, pôde pagar de SAMO esvaziado pras sensibilidades burguesas [não experimentais-burguesas, não desconstrutivistas-burguesas, um mercado muito mais seletivo e, por autoconsciente, difícil de se fazer vendável, não bellartistamente-burguesas, também, embora também, por causa do diagrama de Venn, mas meaculpamente-burguesas, vibe legalização da maconha, vibe meses-cores, vibe o João se desculpando por não poder ter participado porque imagina se gravam…] conquanto não o peguem nas rabeiras. A empresa do João, mesmo, disputando por um NFT. Ela, Amanda, como se ali, agora, cordas nas mãos, pronta pra derrubar em monumento esse próprio prédio,

─ achei camp essa sua agendinha do Romero Britto, mas qual é a do teto?

E a inspeção, é esse o nome que ele dava pro olhar que ela jorrava dos olhos, a inspeção de se é que ele achava agora, infrutíferos esforços, que tinha valido alguma coisa sequer ele ter vendido os seus ideais. Como se fosse isso, uma aposta num flyer, um interesse típico do vício do jogo. Como se só no fracasso,

─ nosso alvo são os bancos.

E só isso em comum, mesmo nisso nem tanto. Aí nos anos zero ela sumiu, a estátua, mesmo os seus rastros, virou peido, bunker, roubo, pó, onde nem os entendidos de galerias particulares, áreas numeradas, triângulos entre outros planos caribenhos, por baixo do vaticano, teorias: seu de fato privado e secretivo proprietarius a trouxe, conforme migrava três níveis do mar acima, à sua nova mansão no interior da Califórnia; a sociedade anônima à qual seria pertencente, enquanto coisa de mercado, a desassetou de potência física pra que mais valesse na blockchain, como talvez a empresa, agora; os enfim donos do mundo [e aqui incluídas as teorias peremptórias de quem seriam] a raspando em pratos rasos conforme saciam a vontade de ter cultura dentro de si, entre outras vertentes, sobrou até pros rosacrucianos; Amanda rindo como se soubesse e não fosse contar,

─ 'reprecificação, fundos alocados, aporte mensal, potencializador de ganhos', o que é isso no fim do dia, cadê seu corpo?

Ele num misto de ser esses otários e 'só quero tirar grana desses otários'. Descansa, a estátua, no mistério de não ser mais pra humanidade de todo inalienável, já que ter um dono meio que fecha o caso. Semana passada, ou o que o valha, vazaram numa página [se-diz] conspiratória, que de-fato criativa, só os pixos, só as rubricas, ou melhor, reconstruíram com o auxílio dos mesmos universitários que do sudário fizeram uma face ou o contrário e das múmias os traços mais aceitáveis, tudo aferido pela laureação dum Nobel, tudo nos mais-conformes da prestigiação global. Nela, na estátua, se diziam não muito boas coisas sobre o Gorbachev,

─ e sim, bem na época que eu voltei do Canadá, bem lembrado.

Renderizaram isso na Unity, refizeram do zero em sólidos geométricos pro Metaverso, o que não rendeu muito, e por ser de tão importante relevância, ovo ou galinha, agora que além dos limites do real preservada virou uma skin no Roblox,

─ Amanda, o nome, e não é morena.

E entre antigos extratos bancários de grandes magnatas, entre mapas mentais de paraísos perdidos onde DBAs se debulhavam em prazeres jamais garantidos, pela primeira vez desde que uma célula virou duas tudo que é vivo se encontrou num ponto convergente nos metadados das ads direcionadas, entre o Conglomerate Vase e os Codexes perdidos, pro que valham enquanto monumentos da manufatura e tecnologia, entre os anos perdidos entre a CIA fazendo e a CIA mostrando e o que nem isso ela faz, entre alguém e a mãe de alguém, ou o pai de alguém, em criptografia de ponta-a-ponta, entre os trends e subtweets da semana agora que o óbvio não é senão uma doença, entre todo o rosa e o azul do mundo não só em pigmentos como em significado, entre apontar pruma coisa ou outra que surge na tela quando nas danças do TikTok, tudo num servidor esquecido no círculo ártico, tudo bem guardadinho a oito doletas por mês a assinatura e o acesso,

─ cê sabia da dimensão colonial do nado crawl?

O código em C++, do pixo, da estátua, num indie game de terror, virou o segundo melhor poema do XXI, logo depois do sequenciamento do genoma humano. Ambos prontificadamente confiscados e deitados em piras de cânhamo pelo FBI no grande incêndio do Z-Library, pra nunca mais, nos últimos dias, e fanfarras fúnebres nenhumas, protestos primaveris nenhuns, entrevistas gritadas alhures, ao augúrio de que sim, ficamos fracos, não somos nada, não temos tido, e a conclusão única, sem outra, sendo que não saindo em 4k nem vale mais a pena,

─ imaginei que não sabia.

E o camelo não mais azul, não mais pastando num oásis entre verdes dunas, mas os cães continuam a ladrar e os rafeiros a rosnar, na ausência de tudo, na maresia ensurdecedora do primeiro momento de descanso forçado, João pela primeira vez entende o desemprego, e, não sem certa sabedoria,

─ eu precisava dos relatórios, só por isso eu abri.

E como a gente conta isso pros nossos filhos? Perguntou ela, rindo gostoso, uma vez, quando ainda, a gram sazom, prum cara diferente daquele com o qual teve os tais, no milagre da vida, na dor, na dor, na imensa e dolorosa calma, e, depois de muito, muito mais, nada lhes foi dito, imagina. Se João ver as fotos dela, vem uma sensação pesada. Uma sensação que se somada ao de agora, se ele ousasse, emoldurada por uma família, talvez nem precisasse ter enchido os bolsos. Mas a vontade é essa, a vontade é acordar e abrir o navegador, e sofrer, sofrer mesmo,

─ é, acho que a gente não vai rolar.

E a História a não cobrar ninguém, a não cobrar nada, pagando dos próprios bolsos os boletos dos Avons que vendeu pras vizinhas, a história por demais desleixada com essas coisas e as pessoas que muitas vezes pelos exageros fazem até menos porque em vez de não fazer nada se fazem atrapalhar, 

─ é só colocar alguma coisa aí que ele faz, o algoritmo, quase um estagiário, tá vendo?

E o que e quando e qual e como, tão jovem, vinte-sete, tão já jogado num atraso relativo, e sem saber o que e quando e qual e como, na busca por qualquer coisa pra balançar na frente como todo mundo balançando na frente de si todas as coisas que conquistaram, todos os pra-frentes, e ele com todo o potencial, com toda a excelência, com posições físicas e ideais e não maiores que os de qualquer outra pessoa deslizes,

─ mas e aquela morena que cê namorou logo que voltou do Canadá?

Ele gostava dessas histórias em que o rapaz de subúrbio é arrebatado da continuidade meio thewallesca do mundo mundano pelo amor duma mulher étnica, sim, é, sim, mas mesmo assim, ele gostava. Desde criança o olhar dele tava voltado pra isso. E as reprimendas familiares, que na época se tinham. A ideia de que ele valia qualquer coisa a mais que os seus iguais, entremeio a tudo que ele sabia do que tinham feito, muito humanístico, por muito interessado em brochuras de História, pra ser escolhido, pra merecer esse resgate, pra quebrar em aparência ao menos o desconfortável desse ciclo,

─ tá bom Madonno, vou fingir que nem ouvi isso.

Ou só não se parecer com a mãe dele bastava, talvez isso, até mais provável, e apostar no extremo trás qualquer seguridade de fracassar alheio e sem contato, sem ser visto assim. Sim, é, sim, sim, ele sabe. Só não sabia, não tinha como saber, do rolê todo da FTX, do em-cascata, mas devia, a Jennifer Lawrence numa comédia-romântica como o sinal crypto da recessão. Mas a essa altura, e pra provar ela errada, não a mãe, dessa vez, não a mãe, Amanda, ele mesmo deitou do próprio dinheiro nessa empreitada. Uma moeda que lembrando ele nem lembra o nome. Nem em segundo grau a mãe, em sublimação ou que fosse, e olhar era ver, 

─ a racional: ganhar um milhão mesmo sem ter empreendido antes, destrave a chave causacional de mudança de ações e mindgrift pra se tornar também um bilionário, segue o fio dos gatilhos mentais, 90% de convertion rate a longo prazo, dispensando curiosos e gerando vendas 1:1, tudo sem sinal de entrada, um método de turbo capital social produzindo conteúdos de valor baseados em alavancas verificadas de crescimento neural, inscreva, baseado no mesmo algoritmo geracional que o ChatGPT, histórias de sucesso, duas primeiras, tenha as primeiras duas aulas desbloqueadas ao digitar QUERO nos comentários, total garantia mercadológica em colher resultados e faturar nove milhões igual ao nosso analista-gestor de consultorias estratégicas que investiu na OVTZ muito antes da segunda maior empresa de datamining do mundo absorver ela, só 2% dos homens e mulheres de valor, sem medo de reinvestir dividendos, aportar todo mês, com retorno nominal inicial de 20k por mês, tudo antes de revelar nas redes esse segredo de 90 anos dos milionários, ao digitar MOON, acesse agora mesmo o nosso webinar exclusivo com apostilas completamente seletas e personalizadas e saiba como potencializar sua estratégia de SEO com um método COMPROVADO de engajamento de audiência e conversão em vendas auxiliado pelas novas tecnologias de machine learning impulsionando a neurogênese cognitiva da sua equipe de forma sustentável e consistente, de maneira a expandir o coeficiente de aprendizado acelerado e capacidade de tomada de decisão da sua empresa, coloque aí ESSE DINHEIRO É MEU para receber o presente de 30%OFF do pagamento único, conceitos essenciais para quem deseja se destacar no mundo virtual e construir uma presença forte e memorável, e de pegada, na internet e no mundo.

Sem saber onde exatamente errou, ou por onde começou a errar se foi tudo um erro, ou por onde começar a protelar, conforme o garoto do café chega com o machiatto fumegando e ele desperta, só despertando completamente ao ver as cápsulas dissolvendo lá dentro pela boquinha da tampa, e uma espuma engolindo a outra como fazem os peixes, como fazem as lagostas, como fazem as empresas, e como é certo fazer,

─ porque não é morena mais que fala, mãe.


Utopia!

Verbi gratia, ao examinar minuciosamente o conjunto de dados disponibilizado no corpus, o relatório, é possível inferir, não sem espaço para ambiguidades e intermitentes relacionados à relação deste com a corpora estatística elaborada por setores-colaboradores, [é possível aferir, retomando] algumas conclusões interessantes. Em primeiro lugar, é notável que a maioria das ocorrências se concentra em um determinado período de tempo, sendo esse período determinado, o que sugere uma possível correlação entre as variáveis em questão. Conexão essa perceptível na existência de um padrão consistente nas observações, o que  parece sugerir uma relação próxima entre as variáveis, relação inferível, inclusive, pela representação usada, gráfico de linha, embora de qual natureza ela seja seja um motivo para as análises conseguintes, venham elas haver,

─ vai ser esse o seu resgate estético, frutiger aero?

No entanto, é importante destacar que a metanálise desses dados, ao qual devemos a existência do presente relatório, sobre o anterior, deve ser realizada com cautela, levando em consideração as possíveis limitações específicas do setor e seus vieses próprios de estudo, principalmente em se afastando em grau do objeto, consideramos necessário examinar cuidadosamente a metodologia utilizada e as hipóteses levantadas a priori para evitar conclusões precipitadas ou incorretas,

─ não tem resgate estético pra mim não, filhão, eu só padeço.

Diante dessas considerações, é recomendável continuar investigando o conjunto de dados, utilizando técnicas estatísticas avançadas e abordagens multidisciplinares, tais como as tools disponibilizadas no nosso portfólio. Dessa forma, será possível obter uma compreensão mais completa e precisa das relações entre as variáveis em questão, contribuindo assim para o avanço e diversificação da pesquisa científica e tecnológica em diversas áreas do conhecimento, esses sendo os objetivos primeiros que norteiam nossa empresa,

─ tem resgate pra mim não, fi.

E nem fé ou fábula ou promessa de férias empurra pra baixo essa enxurrada de frīctum freaking fractais de frases y forças, histórias históricas, hummum, ἁμαρτοεπής, hmmm, visões singulares de showzinhos-subsônicos do maracatu atômico dessa repetição de coisas que nunca sessam, que se dão, deram, darão, ao léu do chão, uno, humus, macios ambos, μορφόω τᾱ̀ς μορφᾱ́ς, πῶς οὐδὲν ὑγιές, murmúrios em linguagem qual-quer que seja, conforme em-querendo, crack-creek, num ergo dubium est, mimos e esgrimas duvidosas, João reclamando poliglotia tantas vezes que não é que a vida ouvia, quin ei velut opes sint quaedam parandae, quibus uti, ubicunque desideratum erit, e o doido é que a pesarosa pena de pertencer nem mais, nem odor de posse, possit eae constant copia rerum ac verborum, pudor de pose, vermes se acumulando nas crostas do poder de puter-músculo-língua na curiosa quebra dos silentes marulhos do mundo que talvez melhores, compartilhadas, entre os cococó, só chicken-chattering, cotorrearán, inverbais e por consequência infimamente insignificante, ah, porque juízes, porque donos da, Amanda dizia, quantas e quantas coisas espalhadas, Ana, despejadas, desesperos de lembranças em palavras coadas no papel em parecidos esquemas, Amanda, Ana, no fim do século, só vinte anos, ganideantes parlotti, porque o que é a pesarosa pena de pertencer agora que nem o ar se entra sabroso, sub-rosa as tiranas fábulas mesmo que sejam subservientes de verdades versificadas verdes nos campos da memoriárcade, Ana, grego grelo abandonado, wasteland mental, vinte pila que ele deitou assim num projeto NFT pra aí, pó-pô-pó, subsubsubsubsub, pamper-pãpararã, só quando ele comeu a secretária é que ela viu quando era pra ter visto muito tempo antes, Ana a secretária, paradigmáticos emblematizantes problemas, ποῖός τις, Ana, a gente quase no fim do século sem fazer nada, sem crescer, sem prole, sem nada dessas pústulas todas, Henrique tá certo, a gente não vai conseguir conviver, dilemmes de la vie que ninguém sequer querela daquele quem parla, parvo possuinte, putrefato párea, Príncipe de Fogo, polylemmas verbalizador, como se por si e pra si, subsubsubsubsubsubsub, só que pro mundo, olhe, fica forçado, levaram meus macacos,

─ fez com ela vai fazer comigo.

Clamando, só que clamando pelo fim, Ana, dos tempos, fim-dos-finados esses hieróglifos logográficos pintados no papelão agradecendo a seca nas sarjetas porque senão é acabado, pro chão todos os prêmios, Lápis de Ouro, Dente de Ouro, quantos anos, Ana depois de Amanda e as manchas surgindo no forro como marca disso, é o triste fim, Leão de Ouro, sed ut copia verborum sic paratur, Gramados mas não o da parede, non uerborum tantum gratia legendum vel audiendum est, já que estamos sacos fartos de tanto linguo, Galo de Ouro, só falta o, sapiocheios de tanto axadrezament, também de Ouro, ela disse, uma delas, que se fosse de Ouro seria em tamanho o menor dos seus trouféus,

─ e esse teto?

Non semper enim haec inter se idem faciunt, só que pr'outras frases-discursos-das-coisas, outro dia ele viu um trabalho inteiro de copy sair sem correção nenhuma duma aba pra outra num navegador, atividade, de jet, subjetividade, pronto, jeitinhos e jests da individualidade negligenciada às vezes, otimizado e tudo, e ele trucando o culposo em poses reacionárias, mais que otimizado, a linguagem das buscas em si, em se circular de otários, em se deixar meter nesses últimos espasmos da empresa agora a serem dele mesmo seus últimos espasmos, o algoritmo algoz já embutido no invisível das palavras, nec sicut de intellectu animi recte dixerim video ita de visu oculorum intelligo, e as paradas com o Metaverso, Ana, será se cerebral mesmo, perguntamos e abrimos, verbatim, latim, verborreia, circunlóquios de logins no Perseus, ponto-com, pra se mostrar alguma coisa, fazer uma carinha qualquer em palestras depois do Karnal, sublimada em interpretação, oh, ponto-com, aaaaaaaaaaaaaaah, Iesus redit,

─ I read it on reddit.

Olhai com qual raiva revim, somewhere, socorro, deus do Sentido, o que será de nós, dos nós após o chat em roboto, no fogo do fogo do fogaréu inferi do déspota que nos coloca e desemboca nos intangíveis digitais, então imaginam,

─ mas li tantas outras coisas mais no papel da pele, tinta de agruras compartilhadas bebericando beija-flor em flores líquidas de intensos carbolítios, segredoshhhhsh, shhhhsh.

Se bem que muito mais preocupa o não escrito, dito esquecido in stress ou in sheets, estratificadas narrativas de estradas estranguladas pelo sprawl imenso do vazio disso aqui e toda essa bosta que se veio a ocupar, incontadas, e se encontradas, em que tipo de livro caberiam, em que tipografia não tremer em mania os olhos do maquinista, que linógrafo marcará a chumbo da-direita-pra-esquerda o sentido deitado como se descansando sem nós, sentindo de-tudo, pra que algo pelo menos do tamanho de um grãozinho de farofa pra Ele possa selar nossa passagem finita pelo escuro, é, quanto mais pensa nisso mais despreza a internet, κατηγορεῖς γὰρ πρὶν μαθεῖν τὸ πρᾶγμά μου e fritou ter por possível, pelo coser friccionado das carnes liquifazer o latex das camisinhas, um filho como reinício, como os filhos da Amanda reinícios pra ela ao tudo que parecia, depois de tudo, depois que deu polícia, depois, até aí eles separados por mesuras de tempo pois ela ex e ele futuro, presidiários, e não é que ele não soubesse antes de agora, sempre soube, a seriedade e comprometimento que ela tinha com a política invejavam nele uma vontade de se fazer sério também, só que rico, teimar no dinheiro que ela desprezava nele, já de nascido,

─ pr'ocê é fácil.

Mas só, e não há dia em que o sexo reprodutivo não seja trocado pelo reflexo no espelho, essa outra multiplicação, só que o chat sem entender ironias, sem se aventurar em problemas, pro desalmado desespero dos templates de comentário social, tentando muito sofridamente dar parecer algum que seja moral ou lhes dê moral entre seus mesmos, ostracizados, tadinhos, tentando em grupos, opinionando, que filho de adão, sem nada de substância além do mais neutro porque senão vai que alguém printa nessa porra um discurso de ódio e as headlines no NYT, que filho dos homens dos homens dos homens, o juridico tem dedo no quão incapaz duma gracinha, quão incapaz duma criação poética pra além da puerícia que a Amanda todos aqueles dias, como xilogravuras nas prescriptofílicas histórias antiquadamente animalculadas dum sertão de fantasia, mas capazes pra coisinhas, pra redações, pra vender bagulhos, e ele, João, que fez da vida vender bagulhos,

─ não tenho culpa que eu nasci.

O trabalho autônomo dá certo ar de jagunçagem ao homem, a cidade pode ser tanto o sertão de cimento quanto o inverso, João que fez da vida achar muito massa ser capaz de qualquer coisa no papel e estender o nada por tantas laudas, porque é nela, cidade, que se cria essa imagem, pelas veredas de asfalto, no retroativo do êxodo, João que deu a vida pra pagar de que magicava de alguma coisa pra ver uma versão passável do que ele em anos desenvolveu, 

─ tirar dinheiro desses otários.

Em ctrl+V naquele assignment, entre um cerão e outro, entre um elogio ou outro pra profecia se-cumpridora de ninguém ser tão perfeito quanto uma sala que pisca, a bile cheia de sangue, o saco da fome incendiado de pólvora, qualquer mancha é quase a mesma quando se vomita, ele tava sendo substituído e é só nessa troca é que o desvalor se revela, igual quando Amanda descobriu,

─ esquece o teto, Ana, vem aqui.

A morte é o limite, que sei-lá que viver é perigoso, viver é perigoso, é, vai nessa, é só que morrer periga ser pior, de mais formas que de uma, e até o chat nas tardes que ele passou se lamentando, tentando encontrar limitações, veio dizendo que NFT era furada, até o chat, sob o olhar flaco e animalculado de homens como John Wayne na tevê quadrada dos primeiros dias de visão duma geração em que os bonés e as calvícies se retroalimentando se mostraram o primeiro modelo estável de moto-contínuo, frita, fuleiras malditas finas marquises, que sombra a salvar, assa e coze o sol solando no céu dos nós urbanizados, zonas de mormaço, que picado algum ou maço disfarça pelos pulmões quentes a sensação do calor na pele dos braços, 

─ é o futuro.

Foi frito vivo um Goemon, segurando seu filho ao ar, gorjeando voraz a ira de seus seiscentos ancestrais, agora vivo não mais que o sussurro da história, conto raconteur, que ele leu na wikipédia, unifrítona massa-nação-buzundanga nas ondas ou marolas-macarronadas das milhões de mensagens sobre mamadeiras de pirocas, sugando, pra e aí, disseram disso oraculamente, fritáreis oh Senna's rodas nas sendas em S asfaltado, ainda Ayrton vivo no automóvel, como frito pollo, queijo com molho com acompanhamento com o frango que fritais, mas era fritadora demais a Frida fodida da vida nessas ideias dela, Amanda dizia, e Amanda já de três filhos quando quando antes falava em filhos era só pilhéria, fritadeira profunda de profusa imersão colesteral, como, manos, romanos, bro, no frígido fritar benévolo dos brócolis, ou 'fritá-lo-hei el régio déjeuner del rey', já fritad'os alhos olhamos and now, ih fritadasso, bagui no beiço, ó, deepfried memes tirando sarro de caras como ele, sola sofreída sufferentia, frita, aí frige e fraga, fritar dos oh-vós, sei-lá, só fritei', Caligula's cooking, let him cook, let him cook, 'I flied Moon and back, fritei, and the future's ending',

─ não tem resgate estético pra mim não, filhão, eu só padeço.

E a certeza fixa e tranquila, de se deitar em cima, de que nada nada nada nada nada nada nesse mundo, nem o que vier a ser, nem em outros, nada nada nada que existe nem por existir ainda, nenhum fad, nenhuma bolha, nenhum invento, nenhuma crise, nenhum esquema-de-pirâmide, nada, vai substituir o fudido profundo e inexplicável da experiência humana quando o seu corpo não entende que tá morrendo, não entende mesmo,

─ já ligaram pro resgate, seu João, aguenta aí.

Mesmo na obsolescência do homem, talvez até por isso, conforme o amargo vai rasgando afora, levando, por fim, ou melhor, lavando, da garganta, o catarro em placas.


2023 março

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